“Prezados(as) colegas,
Meu nome é Thiago Mafra da Silva e fui recentemente aprovado no concurso para juiz do trabalho substituto no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ).
Não acredito que haja uma fórmula única e/ou infalível para a aprovação no concurso da magistratura trabalhista, que exige demais do candidato, seja do ponto de vista intelectual, seja do ponto estratégico e emocional. Assim, minhas palavras são no sentido de contar um pouco de minha trajetória, principalmente da contribuição do Preparo Jurídico e, quem sabe, auxiliar algum(a) valoroso(a) colega que segue caminhando em busca da sonhada e possível aprovação.
Meu primeiro concurso para a magistratura trabalhista foi também no TRT 1, em agosto de 2012, tendo sido reprovado na sentença. Quanto aos concursos seguintes, fui reprovado na sentença do TRT 5, na primeira fase do TRT 1/2013, sendo que as demais reprovações foram em segunda fase, que, com base em minha experiência pessoal, considero a mais difícil do concurso. Atualmente também estou classificado para a prova oral do TRT 2.
1ª fase (objetiva): nos primeiros concursos de que participei, buscava ler a lei seca (ao menos as leis principais), súmulas e OJs, focando especialmente na legislação daquelas matérias ditas “periféricas” (tendo em vista o número reduzido de questões no conjunto da prova) – como direito penal, direito previdenciário, direito internacional e comunitário, ECA -, mas que, diante do grande número de candidatos inscritos e das altas notas de corte, acabam por fazer a diferença. Embora considere importante, não mantive uma regularidade quanto à resolução de questões de provas anteriores. Quanto à divisão de matérias, buscava estudar duas disciplinas, mais leitura de súmulas e OJs, por manhã, incluindo sábado e domingo, o que me permitia estudar todas as disciplinas ao longo da semana. Uma peculiaridade é que, ao longo desse tempo, desde a primeira até a última prova objetiva de que participei, mantive o meu vade mecum de 2010 (em 2010, embora ainda não tivesse os 3 anos de atividade jurídica, já havia começado minha preparação para o concurso), apenas cuidando para complementar com as alterações legislativas. Eu me sentia mais confortável (e a leitura parece até que fluía melhor) usando o mesmo código, sendo que, no dia da prova, por vezes, conseguia visualizar a parte do código em que estava o artigo cobrado. Essa “organização” de estudo eu consegui fazer principalmente antes do primeiro concurso e em algumas poucas provas seguintes, uma vez que, meses depois do primeiro concurso, já começaram as provas de segunda fase e de sentença, de modo que, sempre nas semanas próximas à prova de primeira fase, também havia uma segunda fase ou sentença. Assim, quando o tempo era pouco para ler lei seca, eu costumava ouvir legislação no caminho para o trabalho e também procurava responder algumas questões das referidas matérias periféricas, anotando em um arquivo as questões que tinha achado mais difícil e errado.
2ª fase: como já disse, particularmente, considero a etapa mais difícil do concurso (fase em que reuni a maior parte das minhas reprovações), seja pela abrangência do conteúdo passível de cobrança, seja pela extensão da prova, seja pela necessidade de, no dia da prova, além do conteúdo acumulado nas semanas anteriores, o candidato ter de reunir uma série de aspectos “extrajurídicos” (uma boa noite de sono, equilíbrio mental, concentração, etc…). Some-se a isso algum grau de “imponderável”, aqui considerando a inexistência de um espelho de resposta… Nesta fase, posso dizer que cada uma das minhas reprovações teve algum desses fatores, em menor ou maior intensidade.
Eu sempre gostei muito de ler e de escrever, mas, já nas primeiras provas, percebi que precisaria de mais do que isso para conseguir a aprovação na segunda fase: era preciso ter estratégia de prova, ou seja, ter domínio sobre o meu “modus operandi” no dia da prova. E isso, para mim, funcionou mediante a participação em cursos de segunda fase, procurando simular as reais condições de prova (cronometrando a resolução de cada questão entre 25 a 30 minutos).
Embora já fizesse exercícios de segunda fase (ainda que de forma não muito regular) – antes mesmo do meu primeiro concurso -, posso afirmar que o Preparo Jurídico foi um dos cursos que me proporcionaram enorme evolução nesta etapa do concurso, principalmente orientando-me quanto ao tamanho da resposta, mostrando-me e convencendo-me de que ser objetivo não é ser superficial (eu costumava escrever demais, fazer introdução por vezes maior que a própria fundamentação, que deve ser o próprio foco da resposta).
Participei durante um bom tempo da preparação para a segunda fase com o Preparo Jurídico, seja quanto aos cursos regulares, seja quanto aos cursos intensivos, contando, nesse tempo, sempre com o profissionalismo de vários professores (a título exemplificativo, os professores Fábio Moterani, Thiago Mira de Assumpção Rosado, Felipe Bernardes, Glauco Bresciani).
Especificamente para o concurso do RJ, tanto o de 2013 quanto o de 2014, fiz os cursos intensivos e regular com o professor Felipe Bernardes, cujas orientações, críticas, elogios e sugestões foram muito importantes para a aprovação.
Em suma, para além do estudo, eu considero fundamental, na segunda fase, o treino regular, que, acredito, auxiliará a otimizar a estruturação e o desenvolvimento das respostas, gerando segurança e confiança no candidato, de modo a tornar o clima e a logística do dia da prova muito semelhantes aos do dia de treino regular.
3ª Fase – sentença: aqui também acho que o treino estratégico é fundamental, especialmente nas semanas anteriores à da prova, buscando dominar o tempo de 4 horas. Especificamente para o TRT 1, para além de outros cursos, também fiz a preparação com o Preparo Jurídico, sob a orientação do professor Joalvo Magalhães, que foi muito importante para adequar o candidato à situação real de prova, aliando fundamentação e objetividade.
4ª fase – oral: nesta etapa, por mais que o candidato não acredite, o conhecimento necessário à aprovação já foi construído e consolidado ao longo da trajetória de estudos e de concursos até esta etapa final, sendo imprescindível o controle emocional. Ademais, também considero muito importante o auxílio nas 24 horas, seja de professores, seja de amigos(as) concursandos (as), que me prestaram ajuda inestimável também nesta fase tão especial do concurso.
Ressalto que este depoimento é de alguém que, há poucas semanas, estava na mesma condição de concursando, sonhando com o dia em que as viagens e concursos chegariam ao fim e com a sonhada a aprovação.
Apesar dos obstáculos e das incertezas que nos acompanham durante a preparação, nunca pensei em desistir. Tinha convicção de que, para quem mantivesse o ritmo e o comprometimento nos estudos, o próximo concurso sempre poderia ser o da aprovação. Assim, por mais que as vezes pareça que andamos em um túnel escuro, sem qualquer perspectiva, tenham certeza de que a luz vem e a aprovação pode estar no lugar e no momento em que menos imaginamos.
A partir de minha experiência pessoal, entendo que, para além da preparação específica em relação ao conteúdo do edital, também não se deve subestimar a preparação psicológica, seja quanto ao entusiasmo para o estudo diário, mesmo após a realização de uma prova ou de um resultado negativo, seja quanto ao dia da prova, em que deveremos ser nossos maiores aliados, de modo a fazer valer todo o empenho na preparação.
Registro, ainda, meus sinceros agradecimentos aos professores e aos meus amigos(as) concursandos(as), que, além da almejada aprovação, são o grande presente que ganhamos ao longo desta caminhada e que, com certeza, tornaram este sonho e esta conquista ainda mais bonitos.
Ao Curso Preparo Jurídico, meus agradecimentos pelo profissionalismo, comprometimento e seriedade com que sempre conduziram seus trabalhos e meus sinceros votos de que continuem auxiliando tantos outros candidatos(as) na realização do sonho da magistratura trabalhista.
Por fim, destaco aqui o meu respeito, a minha admiração e a minha torcida por cada valoroso(a) concursando(a) que continua na caminhada para que todos os esforços empreendidos sejam em breve devidamente recompensados.
Grande abraço a todos(as)!