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Bárbara Ferrito – Aprovada TRT18ª – 2014

Meu nome é Bárbara Ferrito, juíza do TRT/18ºR, aprovada no concurso de 2014, e vim falar um pouco de como foi a minha caminhada até a aprovação.

Antes, porém, de tratar especificamente dos meios de estudo, acho que vale a pena esclarecer algumas coisas.

1. O caminho até a aprovação é só seu. Cada um faz um, de acordo com seu histórico, jeito de estudar, tempo disponível, enfim… inúmeras variáveis. Então, sempre que ler algum depoimento, saiba filtrar. O que deu certo para mim, pode não dar para você. Mas saiba colher o melhor de cada estratégia e fugir dos erros básicos.

2. Não se isole. Estudar para concurso é uma tarefa árdua. Fazer isso sozinho, é muito mais cansativo. Procure formar grupos de amigos, não tenha medo de dividir material, de contar suas neuras, compartilhar momentos bons e ruins. O choppinho pós prova, o papo no aeroporto, os grupos de estudos são ótimas maneiras de manter contato com a humanidade.

3. Não há competição. Não há mesmo. Tire isso do seu coração. Você está estudando para um concurso que, em geral, sobram vagas. Então, não crie inimigos na sua cabeça.

4. Saiba fazer paradas estratégicas. Quer durante o ano, quer na semana. Se estiver cansado, procure formas de estudos menos cansativas, leia uns informativos, organize seu material, mas permaneça ativo, para não perder o ritmo.

Bom, dito isto, é possível explicar meus estudos por fase.

1. Fase. Lei seca. Para mim, a fase mais chata de estudar. Sempre tive muita dificuldade nas provas objetivas e isso se refletia claramente no concurso, pois as vezes ia para sentença e as vezes não passava da primeira.

Estudei basicamente pelo preparo jurídico e, além do preparo, tirava 1h por dia para ler lei seca. Quando lia lei seca, colava uns post it no código com os principais artigos de cada página, que eu copiava (isso dá muito trabalho, mas eu sempre memorizo melhor quando escrevo). O lado bom é que depois de fazer isso (demorei uns 6 meses e fazia 2 vezes ao ano), você pode ler, na véspera da prova, só os post it, permitindo uma revisão da lei seca em pouco tempo, na semana da prova.

Além disso, 1mês antes da prova fazia exercícios, quando possível voltado para a banca específica.

Algumas matérias exigem estudo a partir das questões anteriores, como direito internacional e direito empresarial (cujo conteúdo muito grande te impede de ler toda a legislação).

Discursiva e sentença. A partir da primeira fez que passei da primeira fase eu me inscrevi num curso regular de exercício de 2 fase e sentença. Fazia 1 sentença por semana e 4 discursivas. É bom ser feito desde o início para te dar ritmo de estudo e de prova.

Nessa fase, estudei por livros sobre temas (temas e artigos de direito do trabalho e processo do trabalho) e procurei me prevenir sobre temas importantes (um livros só sobre tutela coletiva, recursos, execução etc).

Além disso, diante de uma prova me inscrevia em alguns cursos intensivos, para treinar bem a resolução de questões/sentença.

E lia muitos artigos, não apenas da LTR, mas que achava na internet – em geral, eu pensava em um tema que poderia ser cobrado e pesquisava na internet.

Para a prova discursiva, uma dica é nunca deixar questão em branco. Dedique-se a treinar a escrita, já vi examinador reclamar que os candidatos foram eliminados por causa do português. Então, treine escrever textos com coesão, clareza e coerência. E perca o medo de escrever sobre o que você não sabe. Muitas vezes, principalmente em provas do MPT, você será cobrado sobre assuntos cuja resposta não estão nos livros. Então, encare a questão sem medo, demonstre raciocínio jurídico e confie em si mesmo.

Na prova de sentença, ter uns autotextos é fundamental, pois te poupa tempo. Outra técnica que usei bastante era inverter a ordem de escrita. Faltando 1h para terminar a prova, eu pulava um número de paginas (suficientes para uma fundamentação concisa) e ia para o dispositivo. Fazia um dispositivo bem feito e voltava para apreciar os pedidos que faltaram, geralmente deferindo ou indeferindo em uma linha. Essa técnica é boa, porque no final ficam os pedidos menos importantes, que você pode resolver de qualquer jeito. Já o dispositivo é uma das principais partes da prova e tem que ficar bem feito. Com isso, eu consigo fazer o dispositivo com um pouco mais de calma, acho que ele sai melhor do que se fizesse por último.

Quanto à mim, estudava cerca de 4h por dia em casa mais 1h de lei seca. Aos sábados e domingos eu estudava o quanto conseguia, geralmente umas 5h também. 

Fazia um quadro semanal, procurando estudar no máximo 1:30 cada matéria, para não esgotar. Assim, além de variar as matérias, variava também a fonte. Um hora de leitura de doutrina, outra fazendo resumo, outra exercício, outra vídeo-aula, procurando equilibrar bem, para não cansar. 

Não gosto da ideia de estudar uma única disciplina até esgotar, porque, considerando o tempo de estudo, quando se fecha a última já esqueceu tudo da primeira. Vendo todas as disciplinas toda a semana, você vai criando links e, sem perceber, fazendo mini revisões da semana anterior. Mas como disse, cada um tem uma maneira de estudar, e cada um deve encontrar o seu caminho.

Todo mês eu refazia a tabela de estudo, quer porque perdia o ritmo, quer para mudar alguma coisa. De forma sintética, na tabela eu priorizava direito do trabalho e processo trabalho (estudava 2 vezes por semana); constitucional e processo civil, estudava 1 vez por semana. As demais matérias intercalava para serem vistas quinzenalmente. 

Sábado era outro dia complicado para estudar, pois tinha dificuldade de estudar em casa nesse dia. então, ia para uma biblioteca e fazia o que dava, de acordo com a estrutura da biblioteca (se tinha livro de direito, se tinha internet, se tinha tomada etc) 

Domingo, eu acordava cedo e fazia sentença. Quase todo domingo era dedicado a sentença. Demorava umas 5h para fazer. 

Bom, espero que tenha ajudado. Como disse, cada um faz o seu caminho, mas saber das estratégias uns dos outros ajuda.

Bons estudos

Bárbara Ferrito Aprovada TRT18ª - 2014

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