Sou Analista da Justiça Eleitoral desde 2008 e acabei de ser aprovada para Juíza do Trabalho no TRT da 1ª Região, com o qual sonho desde a época da faculdade.
Comecei a estudar para a Magistratura do Trabalho em 2010. Porém, de 2010 a 2012 não estudei de forma competitiva, lia apenas doutrina, fazia pós e não conseguia passar na 1ª fase. No final de 2012 fiquei sabendo da existência do Preparo Jurídico por uma amiga e por depoimentos que lia no Correioweb. De fato, depois que fiz o curso de 1ª fase do Preparo minhas notas de 1ª fase melhoraram muito, embora eu continuasse a ter grande dificuldade em memorizar e me concentrar na leitura da lei seca. Consegui passar em algumas primeiras fases e em muitos concursos fiquei por apenas 1 questão, mas fato é que toda vez que tinha prova de 1ª fase eu relia o meu material do Preparo e isso me ajudou muito.
Fiz também antes da prova do Rio o curso de 1ª fase do Preparo só com esquemas, que também foi bom para relembrar. Também fiz um curso de véspera, que me ajudou em algumas matérias periféricas.
É importante nessa fase não se comparar aos outros, e sim manter o foco. Com certeza você terá amigos que tiram 85 numa prova de 1ª fase e você pode muitas vezes não conseguir ficar entre os 300. A 1ª fase não define sua preparação e, para mim, é uma das mais complicadas do concurso. Tanto é assim que eu nunca tinha conseguido passar da 1ª fase no Rio e quando finalmente consegui cheguei até a oral.
Na segunda fase bati na trave algumas vezes, em SP e em MG. Acho que eu não conseguia me dedicar o suficiente por conta do esquema de discursiva no sábado e sentença no domingo. Usava minhas férias para estudar e chegava sempre estressadíssima para fazer as provas. Depois das provas de segunda fase eu ficava de 2 a 6 meses sem estudar, porque aquilo me consumia tanto que eu não tinha forças para recomeçar em novo concurso.
Mas esse ano tive um presente, que foi a primeira fase do Rio ser próxima à 2ª de SP, e certamente isso fez com que a ansiedade não se tornasse minha inimiga. E o fato de ter tido um tempo mínimo entre as fases fez com que eu não desistisse, embora tenha usado uns 15 dias depois de cada prova para descansar a mente.
Para a 2ª fase do Rio deste ano fiz pela primeira vez um curso de véspera, o Preparo com os juízes Felipe Bernardes e Joalvo Magalhães. Ambos são sensacionais e muito atualizados, valeu cada minuto do meu sábado que seria de revisão em casa. Fiz também correção de questões em outro curso, de forma regular, o que é ótimo para você se habituar a expressar o seu conhecimento de forma organizada.
Fiz a 2ª fase do Rio de forma tranquila, e hoje eu entendo que relaxar e não se cobrar tanto antes da prova é fundamental. Faz você administrar bem o tempo e perceber que você sabe responder tudo, e que só precisa de calma para organizar seu raciocínio.
Para a 3ª fase do concurso fiz a correção das últimas 3 provas de sentença do Rio também com o Preparo, com o prof. Joalvo Magalhães. Ele me deu dicas que foram essenciais para a minha aprovação. Foi extremamente crítico na correção, elogiou o que era para elogiar e apontou cada erro meu dizendo como eu deveria ter feito.
Fiz também a correção regular em outro curso e fiz algumas correções de sentenças no Preparo com o prof. Luís Guilherme Bonin, que também foram muito boas.
O importante nessa fase é treinar. Quando você consegue fazer uma sentença razoável nas 4 horas é sinal de que você está no caminho da vitória. O maior inimigo é o tempo. E, claro, treinando você vai vendo como resolver as inúmeras situações que podem aparecer na sua prova, além de melhorar sua letra e habituar sua mão. Estando numa 3ª fase, aconselho a tirar alguns dias nas semanas que antecedem de banco de horas e a usar todos os finais de semana para treinar. Também é importante a leitura de um ou dois livros de sentenças para começar e ver modelos também.
Já a oral é a fase em que você tem maior desgaste emocional e financeiro. Você vai ser avaliado pelo que você conseguir demonstrar em 1 hora de arguição. E você vai ter 24 horas antes para se matar de estudar ou então surtar. É fundamental para não entrar nessa segunda opção que você tenha acompanhamento de professores que te passem segurança do conteúdo jurídico, como eu tive do Felipe Bernardes e do Marcelo Segal. É fundamental também estar com pessoas que te passem segurança emocional, como fizeram o meu marido perfeito Roberto e a minha querida amiga Bárbara Ferrito. Também é de grande valia ter amigos virtuais para ajudar a pesquisar jurisprudência do seu ponto. Eu tive 7 anjinhas, todas maravilhosas: as amigas do Pontos do Edital Jéssica, Ronilda, Marcylena, Deise, Ana Paula e Fabiana, e a amiga de longa data Priscila Lestro.
Para finalizar, queria deixar meu agradecimento ao Preparo Jurídico, que me acompanhou nesta trajetória. E queria dizer para aqueles que estão estudando para a Magistratura que se for realmente esse o seu sonho, confie em Deus e persevere, mas nunca esqueça que não é ser ou não ser Juiz que vai definir quem você é, isso deve ser um objetivo, e nunca sua razão de viver.