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Lilian Piovesan Ponssoni – Aprovada no Concurso 01/2013 de Juiz Substituto do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região

Sempre sonhei com o dia em que prestaria um depoimento posterior a minha aprovação. Sempre li aqueles depoimentos e imaginava que algum dia a minha vez iria chegar. E chegou. Ela vem. A minha provação veio. A tua aprovação virá, não tenhas dúvida, desde que, é claro, mantenhas o foco e a dedicação necessária.

Em poucas palavras vou tentar descrever como cada candidato, assim como eu tive de passar por aprendizados, pode aprimorar seus conhecimentos e conseguir a tão sonhada aprovação, seja em qual fase do concurso for. Friso que o repassado a seguir foi a forma com a qual consegui a aprovação, então é bom cada um ter seu próprio método e, se o meu for bom para alguém, espero que o texto seja proveitoso. 

1ª fase – sempre estudei fazendo muitas, mas muitas questões objetivas. Dividia o meu dia em três turnos (estudo muito puxado), no primeiro turno (manhã) fazia a prova em 4 horas, como se na prova fosse e, ao termina-la, conferia o gabarito e verificava quão longe estava do ponto de corte. Nos segundo e terceiro turnos eu corrigia assertiva por assertiva, riscava de vermelho o erro e lia no código (analisar o erro faz com que não o cometas mais, é ótimo para provas objetivas, em que geralmente repetem-se questões).

Mesmo alcançando o ponto de corte, deve SEMPRE haver um estudo anterior à primeira fase, pois o candidato precisa relembrar coisas básicas que se perdem com o tempo. Assim o tempo anterior pode variar do conhecimento já adquirido. 

2ª fase – o segredo é fazer questões, fazer cursinhos, estudar a banca, aprimorar a fundamentação e, principalmente, ser original. Fazer questões está ligado com aprimorar a fundamentação, quanto mais questões feitas melhor fica a capacidade de criar bons conceitos nas provas baseados no conhecimento adquirido e melhor conseguirás convencer o examinador de que estás preparado para a sentença.

A correção das questões é essencial para que alguém mais experiente aponte alguns erros, mas, principalmente, para demonstração do quanto deve e pode ser melhorado, como a linguagem pode ficar mais adequada para a prova e, também, como um conteúdo diferenciado ajudaria a melhorar a questão.

Os cursinhos são bons para ampliarmos o conhecimento que já temos, pois os professores estão sempre atualizados com novidades jurídicas. Assim, mesmo antes da prova ou aqueles que são específicos para a prova, aconselho que faças cursinhos, eles serão sempre aproveitados, pois se a matéria não cair na prova que será prestada ela cairá na prova imediata ou na sentença ou na oral. Cursinhos são um bom investimento para desenvolver nosso conhecimento e aprimorar o que já sabemos, nunca é demais e eu fiz muitos. Recordo-me até de um que fiz com o pessoal do Preparo Jurídico durante a Copa, em um dia de jogo do Brasil, o esforço não era só meu, mas dos professores e da Equipe do Preparo Jurídico.

O estudo da banca é importante para que o candidato saiba o que pensa o examinador, tendo em vista que é de bom tom se posicionar conforme o que pensa o examinador e, se assim não entender o candidato, ao menos não tecer fortes críticas à corrente defendida por quem o está avaliando.

Por fim, o que falei quanto à originalidade, entendo ser o mais essencial. Pelo que entendo (e passei em um bom número de segundas fases) os examinadores não gostam de questões massificadas, que ficam todas parecidas, com conceitos quase iguais. Eles gostam que o candidato se diferencie, demonstre conhecimento e um “quê” a mais que chame a atenção; digo isso porque o nível dos candidatos que chegam à segunda fase acaba sendo muito parecido, é muita gente competente e com um conhecimento profundo da matéria, mas quem vai passar é quem vai saber transferir BEM esse conhecimento para o papel e impressionar em algum ponto da questão. Impressiona-se com citação de legislação internacional, eles gostam e é simples levar um bom Vade Mecum de Direito Internacional. Outra coisa que eu sinto que diferencia bastante e é simplíssima: exemplificar! Nem dá para crer, mas se é questionado acerca de um conceito, por que não dar um exemplo prático disso? Se eu conceituar direitos difusos vou citar o exemplo clássico de concurso público e a atuação do Ministério Público do Trabalho. Outra coisa muito importante é o histórico do assunto, é sempre muito bom citar, eu sempre iniciei questões de terceirização citando a indústria bélica dos Estados Unidos quando da 2ª Guerra Mundial, que decidiu terceirizar atividade periféricas para poder aprimorar sua atividade principal.

Por fim, nunca, NUNCA deixe questão em branco. Já perdi segunda fase por causa disso e me arrependo, pois teria sim algo a ser dito na questão, então não deixem em branco, conceituem, explanem uma ideia condizente com a questão, puxem para princípios, mas NÃO deixem questões em branco! 

3ª fase – raciocínio jurídico, rapidez para a solução dos casos, letra legível, ideias concatenadas e correção por um curso ou professor de confiança. A sentença exige do candidato muitíssima atenção, pois sempre há uma “pegadinha” que passa batida, uma preliminar arguida no meio do debate do mérito, um menor contra o qual não corre a prescrição, a reclamada que é microempresa e não necessita de preposto empregado, etc.

Existem diferentes formas de provas de sentenças, umas mais extensas e outras mais curtas. O candidato deve estar pronto para todas elas, treinando em casa, como se em estado de prova estivesse, a leitura e a confecção da sentença no prazo de 4 horas, após deverá rever o que escreveu e corrigir erros que notar que cometeu e, ainda, enviar para a correção.

A letra legível é essencial para que o candidato passe, de cara, uma boa impressão. Como já ouvi falar, a gente tem uma só chance de causar uma primeira boa impressão, então devemos tentar iniciar a prova com uma letra boa (digo isso porque sei que no final ela fica pior), nem que para isso seja necessário comprar um caderninho de caligrafia e treinar.

Existem livros de sentença no mercado que recomendo, mas este estudo, preferencialmente, não deve ser feito entre a segunda e terceira fase, faça em um momento sem provas, já que no ínterim da segunda e da terceira fases o candidato deve treinar muito o estado de prova, resolver sentenças e se atualizar na jurisprudência.

4ª fase – documentação. Sim, documentação e não oral, oral é a 5ª fase e não pense que esse 4ª fase é fácil, ela é difícil e árdua como qualquer outra. Por isso, dou uma grande dica a quem estiver lendo, esteja em qual fase estiver: peça desde já as certidões de prática jurídica (aos colegas advogados). Quando passares na sentença terás de enviar ao Tribunal inúmeros documentos, então arrume as certidões desde logo, elas demoram muito para serem confeccionadas, os processos podem estar arquivados, incinerados (sério!), com o perito, com a Procuradoria, para a conclusão do juiz, então, de verdade, dica de quem “penou” para conseguir em tempo as certidões, as preparem antes, muito antes. Ainda não estás passando em primeira fase? Já as peça se és advogado, quando notares estarás na oral e se já as tiverem em mãos não precisarás se preocupar com elas.

5ª fase – oral. É uma fase muito feliz e de muita preocupação, pois o fim da jornada de concurseiro está próximo e o início da vida de magistrado está logo ali, depois de uma prova em que o nervosismo pode ser o pior inimigo. Existem cursos excelentes no mercado, fiz apenas dois, os quais gostei muito e me ajudaram na postura, na forma de me comunicar e de expressar o meu conhecimento. Além disso, a gente aprende a como se portar não só na hora da prova, mas quando da entrega dos documentos, dos exames, antes da prova, depois da prova.

A prova oral é uma prova que será “vencida” pelo conhecimento que foi adquirido durante todas as fases do concurso, sendo que na 5ª fase apenas aprimora-se esse conhecimento. Então as leituras de lei da primeira fase, os cursinhos de segunda fase e as correções e jurisprudência das terceira fase serão utilizadas na prova oral, todo o estudo é utilizado aqui e na carreira.

De forma pessoal, consegui passar em inúmeras 1ª e 2ª fases que prestei, encontrei um pouco de dificuldade na 3ª fase e, com a graças de Deus, prestei uma única fase oral, na qual fui aprovada. Digo isso porque cada um tem dificuldade e uma facilidade, cada candidato é diferente e tem sua característica que é própria, única e que fará um belo e lindo Tribunal o escolher no momento e na fase certa. Então, se não tiveres passado na primeira, não desanime, talvez destranques dessa fase e vá direto à oral! Ou talvez vais rodar mais na primeira, ou mais na segunda, ou mais na terceira, cada um tem características próprias, só não tenha como característica a desistência. Quem não desiste chega, quem sabe levantar depois de várias reprovações é que depois vai provar o doce sabor de uma aprovação em todas as fases e ser JUIZ DO TRABALHO!

Não passar é normal na vida de um concurseiro, mas é dever do concurseiro se levantar depois de rodar naquela sentença no Tribunal que tanto desejava, depois de ficar com 5 naquela 2ª fase em que tinha fundamentado tão bem, depois de ficar por UMA questão na 1ª fase. Acontece com todos, aconteceu comigo e com meus colegas que foram aprovados, todos nós temos histórias de luta para conseguir concretizar o nosso sonho, mas não podemos desistir.

Se gostaste do depoimento, fiques na certeza que um dos próximos a ser postado aqui será o teu. É, o teu sim. O meu está aqui, o teu estará, com foco, fé, determinação e compromisso. Agradeço a Deus e a todos que me ajudaram a chegar onde cheguei!

Estou à disposição de colegas para dúvidas, críticas do depoimento e para eventual ajuda que alguém precisar.

Lilian Piovesan Ponssoni Aprovada no Concurso 01/2013 de Juiz Substituto do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região

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