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  Lidando com momentos de desmotivação

Lidando com momentos de desmotivação

 

Qualquer projeto no qual nos embrenhamos revela momentos de grande dificuldade e de desmotivação que fog

em ao nosso controle. Notei ao longo de minha trajetória nos estudos para concurso público que a luta contra tais situações ou a mitigação de seus efeitos são tão essenciais como a organização e a disciplina para o estudo. Mais uma vez elaborei um texto com base em experiências vivenciadas e espero contribuir em sua jornada.

Identifiquei dois grandes gatilhos para o desânimo e a desmotivação que são as reprovações e a comparação com outros candidatos. A primeira é extremamente dolorosa, pois temos estágios na jornada de estudos. Logo no início temos a justificativa de não ter estudado muito, e ouvimos bastante isso ao final das provas “não estava difícil, garanto que se já estivesse estudando bastante passaria fácil”.  O fato é que mesmo estudando, muito, muito mesmo, continuamos sendo reprovados.

Temos que lidar com isso. Confesso que demorei bastante a aprender. O concurso público acaba se tornando um apurador da alma humana, por meio dele somos forçados a sermos humildes.

Eu ficava muito abatido nas reprovações. Recordo-me que já estava sendo aprovado para a terceira fase, e tinha certeza que seria aprovado em uma prova de segunda fase que fiz. Tão certo que fui com minha esposa e minha filha de 1 aninho, na época, assistir à sessão de divulgação dos aprovados. Para minha tristeza fui reprovado. A partir dali voltei a ser reprovado inclusive em primeiras fases, na verdade foram cinco reprovações em provas de primeira fase seguidas, pelo simples fato de não me recuperar.

Comecei a prestar a atenção em dois amigos que haviam sido aprovados, um deles sempre dizia “não seja soldadinho de chumbo que cai e não se levanta”, o outro foi reprovado em uma prova oral e aprovado no concurso imediatamente seguinte que prestou. Segui os exemplos deles. É difícil, dói, e nos momentos de desânimo, comecei a escrever em um caderninho que guardo até hoje “a tristeza só atrasa minha aprovação”.

Recordo-me que em determinado momento estava tão motivado com os resultados que eu citava artigos, jurisprudência e tudo mais de cabeça. Fazia provas de primeira fase já me matriculando em cursos de sentença. Fiz 92 em um prova de primeira fase. Perceba que interessante… não fui aprovado nessa época. Naturalmente me desmotivei e na realidade quando fui aprovado não atingi aquele índice de motivação e plenitude de conhecimento e cheguei à conclusão de que realmente a tristeza não ajuda em nada, mas a aprovação e reprovação fogem de nosso controle. É questão de fé mesmo.

Cada um tem aspectos que te motivam. Você deve se conhecer e ser sincero consigo mesmo, o que é muito difícil. Pode ser que almeje dinheiro, status, reconhecimento. Seja honesto, descubra o motivo que te leva a ser Juiz do Trabalho, esta aí sua motivação. Descubra também quem são seus sabotadores internos e externos. Tem pessoas que sugam nossa energia, fuja delas, conheça-te a ti mesmo e não conte a ninguém.

Uma passagem bíblica me motivou bastante. No livro de Juízes está escrito sobre Gideão, ele passou por momentos de desânimo antes de vencer os midianitas e em um desses momentos, um soldado ouviu que uma pessoa sonhou com um pão torrado passando sobre o exército dos midianitas.

Com base neste sonho que ouviu de um terceiro, Gideão se motivou e com trezentos homens venceu uma guerra considerada perdida. Eu ficava invocado porque o sonho relatado não tinha sentido para mim, mas percebi que se nós acreditarmos, qualquer coisa pode nos motivar e se nos faz bem devemos seguir aquilo, ainda que não faça sentido.

Uma frase que li quando passei no exame da O.A.B também me ajudou, “não se vanglorie demais nas vitórias e nem se abata demais nas derrotas”. Em outras palavras, equilíbrio entre a soberba e o desânimo.

A comparação com as outras pessoas nem merece comentários, porque não serve para nada mesmo, pois cada uma tem uma história diferente, existem pessoas casadas, outras solteiras, uns que fizeram uma faculdade, outros duas, pessoas com filhos outras sem. Não se compare com os outros, pois apenas serve para te deixar soberbo, ou deprimido atrasando sua jornada.

Em resumo, seja verdadeiro consigo mesmo, busque o que te motiva e fuja da desmotivação, isso te ajudará para a vida toda. Em caso de reprovação, dê dois dias para a mágoa e depois disso siga em frente, escreva projetos de estudo, tenho vários, quando for aprovado lerá com muito orgulho e carinho. A organização nos ajuda a estudar mesmo quando estamos desmotivados. Levante, caminhe, tenha força moderada para não se esgotar antes da aprovação, a magistratura do trabalho te aguarda e garanto que sua carreira será muito melhor e mais nobre do que imagina.

 

* Glauco Bresciani Silva – Juiz do Trabalho Substituto do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região – Pós Graduação em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela PUC-MG.

 

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