É com muita satisfação que venho dar o “esperado” depoimento ao Preparo Jurídico. Isso porque, desde a primeira fase, ele está prometido à Milena, quem eu muito infernizei com perguntas sobre a plataforma, mesmo que, naquela época, o MPT e a aprovação fossem um sonho tão distante que era praticamente uma brincadeira aceitar a proposta dela de dar um depoimento em troca da ajuda.
Fazendo um breve resuminho de mim mesmo, sou mineiro, de BH, atualmente analista judiciário do TRT4, moro em Caxias do Sul e ocupo a função de assistente de juiz (faço sentenças). Minha história com os concursos públicos começou realmente bem cedo, aos 10-11 anos, quando estudei para a prova do Colégio Militar de Belo Horizonte. Então, apesar de ter passado no primeiro concurso de carreira trabalhista que tentei, tudo foi a construção de um longo processo que culminou no MPT.
Eu estava acostumado a estudar para concursos de analista judiciário em que a primeira fase é o diferencial da aprovação. Pensava que, com o que sabia, conseguiria um resultado rápido nos concursos de carreira. Doce ilusão. Quando fiz um “simulado” com a prova do MPT de 2017, em maio/2019, consegui acertar cerca de metade das questões; já seria um quadro assustador se não fosse uma peculiaridade do MPT: cada três questões erradas anulam uma certa, de modo que eu nem quis calcular meus pontos “líquidos” para não desanimar de vez.
Decidi que teria que apostar todas minhas fichas na primeira fase, pois já estávamos em 2019, sem certames trabalhistas desde 2017 e já tinha chegado aos 31 anos de idade, começando a desanimar da vida de concursos. Eu estudava, inicialmente, para Juiz do Trabalho, pois pensava que o concurso do MPT era muito difícil, que nunca conseguiria ser aprovado. O de Juiz deve ser tão difícil quanto (nunca prestei), mas a primeira fase do MPT realmente me deixou bem assustado pela extensão e profundidade das matérias, especialmente algumas que não estudamos na faculdade (Direitos Humanos, Direito Coletivo do Trabalho e Processo Coletivo) e outras que eu simplesmente não tinha nenhuma familiaridade (Direito Penal, Direito Previdenciário, Direito Internacional e as NRs do Direito Individual do Trabalho).
Como não tinha redes sociais e não sabia dos cursos existentes, fui pelo famoso Google e encontrei o site do Preparo com vários depoimentos de aprovados no concurso nacional da magistratura de 2017. Um deles, do Leandro Ganem, que foi da minha turma na Faculdade de Direito da UFMG, que muito me motivou e me mostrou a importância dos depoimentos para quem está na luta. Assim, decidi me matricular e o Preparo foi o único curso que fiz para a primeira – e assustadora – fase do MPT, sem nunca antes ter prestado um concurso de carreira trabalhista.
Ao conversar com concurseiros, sempre me falaram sobre o medo da prova oral. Alguns se dedicam a assistir dicas de prova oral com o edital da primeira fase já publicado, como se aquela fosse o único desafio. Entretanto, fiz um cálculo e vi que menos de 5% dos candidatos eram aprovados na primeira fase e que eu teria que progredir muito para estar entre eles. Se não passasse dela, nunca seria Procurador do Trabalho (não existe nem mesmo quinto constitucional no MPT), de modo que a superar era o primeiro passo do sonho (apenas por curiosidade, 100% dos candidatos do meu concurso foram aprovados na prova oral).
Ao iniciar o curso, fiquei realmente impressionado com a qualidade dos materiais. Eram simples, objetivos e focados na primeira fase, o que eu precisava naquele momento, e tudo por um preço muito justo. O cronograma de disponibilização me impôs uma disciplina para esgotar as leis mais importantes do edital; os exercícios de “V” ou “F” me ajudaram a superar as “pegadinhas”; os simulados e questões de concursos anteriores me deram uma noção do que viria pela frente. Não vou mentir e já aviso que vocês terão que se dedicar 1000% ao concurso para acompanhar a velocidade em que os materiais são disponibilizados; mas ao final valerá à pena.
Resultado: após o curso de 13 semanas para o MPT e um outro de 5 semanas, consegui ser aprovado com 67 na primeira fase (9 pontos “líquidos” acima do corte). Eu brinco com meus amigos que o curso foi praticamente um “plano JK” para mim; só que ao invés de demorar 5 anos para avançar 50, consegui uma melhora exponencial em apenas 5 meses (novembro/2019 a março/2020, quando foi a primeira fase).
Um detalhe que muita gente esquece sobre a subestimada primeira etapa é que, se você obtiver uma boa nota, conseguirá estudar focado na segunda e terceira fases no dia posterior à divulgação dos gabaritos, após concluir seus recursos. Essa “paz” de espírito para se matricular nos cursos das provas abertas vai te garantir umas duas ou três semanas de estudos intensos e com qualidade antes da divulgação do resultado, que pode fazer muita falta no final. Assim, digo, com tranquilidade, que estudando para a primeira fase você estará estudando para todas as outras; E o único local que fiz esse treino de lei seca, súmulas, doutrina direcionada e exercícios para prova objetiva com foco na primeira fase foi o Preparo. Mas, na prática, o estudo me ajudou em todas as fases, como vou exemplificar.
Na segunda etapa, a questão 5 (a famosa sobre o “fato do príncipe”), foi a que literalmente me “salvou” (tirei 20 em 20, sendo que minha nota final foi 50). Nela, o início da resposta requeria o conhecimento e a localização rápida de artigos do Código Civil e da CLT, o que eu havia treinado muito. Na terceira etapa, o estudo focado na legislação me economizou muito tempo de “revirar códigos” para que eu conseguisse terminar a peça prática cerca de trinta minutos antes do tempo. Na oral, fui questionado sobre a literalidade do CPC, de requisitos da medida provisória e conceitos do Código Civil.
Mas também não podemos subestimar as provas abertas, que derrubaram candidatos que convivi que eram excepcionais e sabiam muito mais do que eu. Além de um conhecimento “horizontal” de todas as matérias e “vertical” das áreas de atuação prioritária do MPT, essas etapas vão te exigir técnicas de redação, localização de legislação nos códigos e uma verdadeira velocidade de escrita, pois o seu maior inimigo será o relógio. Mesmo que você saiba todas as doutrinas no mundo, as colocar no papel de forma clara, objetiva e com letra legível no tempo vai exigir treino até ter bolhas nas mãos, seus ombros doerem e suas canetas vão acabar a tinta em menos de uma semana (comprem uma caneta com “grip”, pois a borrachinha absorve o suor da mão). Além de todo um preparo mental, elas exigirão um condicionamento físico mesmo para escrever tanto em cinco horas (no meu concurso, as duas provas foram no mesmo final de semana, o que exigiu ainda mais dos meus tendões). Seguindo nos “conselhos” sobre temas desdenhados, treinem o máximo possível, mas também tomem cuidado com as tendinites e façam exercícios físicos direcionados para reforçar a musculatura. O concurso é uma guerra e suas mãos e canetas suas armas.
Para a segunda fase, as aulas dos Professores Glauco Bresciani e João Berthier foram essenciais. Além de um conteúdo aprofundado, as dicas de estudos para alguém que nunca havia feito uma prova discursiva trabalhista foram meu ponto de partida. Na terceira fase, as peças práticas propostas pelo Professor Cristiano Lourenço foram um aprendizado excelente, além de anteciparem um dos temas do recurso de revista “real” (cotas e negociação coletiva). As correções dele são bem criteriosas e até mais difíceis que o próprio concurso. Nunca consegui média 50 em nenhuma correção, apesar de ter obtido 66 no recurso de revista da terceira fase.
Não bastassem todos os pontos positivos citados, a equipe ainda é sensacional. Eu obtive uma boa nota na primeira fase, mas, como em regra o corte girava em torno de 70 nos concursos anteriores, estava arrasado após conferir o gabarito. Quando falei disso com a Roberta, ela não apenas me mostrou que a nota estava ótima, como me ligou para incentivar e dar dicas de estudo para as fases subsequentes. A Milena e a Vagna, além de muito atenciosas, são pacientes e prestativas. Como eu trabalhava muitas horas, possuía horários rigorosos em que poderia estudar; elas sempre entenderam e resolveram todos os problemas com a plataforma ou materiais de forma rápida, diligente e simpática. A única coisa que a Milena cobrou em troca foi este depoimento e fico muito feliz de poder “pagar” minha parte da barganha.
Assim, não é exagerado dizer que o estudo direcionado com o curso do Preparo Jurídico para a primeira fase e as seguintes foi essencial em minha aprovação no concurso. Eu recomendo tanto que minha esposa, que está estudando para o MPE, também já se matriculou porque o estudo da legislação seca, súmulas e Jurisprudência sempre foi o maior desafio para ela (como é para a maioria dos candidatos). Então, recomendo muito o curso, especialmente para você que precise de um “plano JK” para aprovação, o que foi meu caso.
Também aproveito a oportunidade para agradecer a todos os colegas de curso que foram essenciais à minha preparação; A todos meus amigos em nome do Caio, da Dandara, Matheus, Bruno, Leandro; Aos meus familiares em nome do meu primo Gustavo (representando os melhores e mais loucos primos do mundo), dos meus irmãos e dos meus pais, que foram a melhor família que alguém poderia ter e sempre guiada pela Dona Efigênia; A Deus, que me guiou em todos meus passos;
Além disso, à minha esposa, Daniela, que eu conheci quando era um estagiário do MPF e, junto com ela, conquistei tudo que tenho hoje. O ditado que diz “por trás de todo grande homem sempre há uma grande mulher” me parece ser uma grande injustiça. Apesar de nunca ter sido “um grande homem”, sempre tive uma “grande mulher” nunca atrás, mas sempre ao meu lado; secando minhas lágrimas, enfrentando comigo os desafios, sofrendo nas derrotas e comemorando as vitórias. Minha única “grandeza” é ter você sempre por perto.